Poema-artesanatoFonte da poesia: site Unisina de Letras
de maria da graça almeida
Minha poesia é inglória,
vive em bancas incertas.
Do pódio e das vitórias,
traduz histórias discretas.
Nos dizeres, incontida,
minha poesia é de lua,
às vezes, reza vestida
às vezes, discursa nua.
Meu poema é artesanato.
E sai-me pronto das mãos.
Coso-o, com muito cuidado,
cirzo-o, sem distração.
Às vezes, vem das sucatas
de contas e velhos botões,
de renda e fitas baratas,
a fieira dos piões.
Que ressona atrás da porta,
tem os pêlos de um cão,
no final das linhas tortas
traz pena, paina, algodão.
Tem cores das violetas,
pose de pedra-sabão.
Nas asas da borboleta,
nem coloca os pés no chão.
O poema-artesanato
traz ponto-cruz, bordaduras.
É sempre um simples retrato
de uma notória figura.
Contato
E-mail:
artesaoscapaodacanoa@gmail.com
artesaoscapaodacanoa@gmail.com
sexta-feira, 19 de março de 2010
19 de Março - Dia do Artesão
Parabéns a todos os artesãos e artesãs no seu dia, nossa singela homenagem com esta poesia:
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